A partir do final da década de 60, a introdução da ultra-sonografia tornou a cesariana mais segura para a mãe e a criança. Além disso, as mudanças de comportamento incentivadas pela Revolução Sexual e o Movimento Feminista geraram mulheres mais ativas e exigentes.
Era comum lermos, em grandes reportagens de jornais e revistas, declarações em que as mães testemunhavam a favor da cesariana, dizendo que seu filho nasceria numa data que lhe seria conveniente, não haveria correrias, a criança nasceria sem o "trauma" do parto normal, etc. A essa visão algo distorcida dos fatos veio aliar-se a conveniência dos médicos: um trabalho de parto normal pode tomar de 4 a 8 horas (e às vezes mais) do tempo deles, enquanto numa cesariana, em condições normais, tudo se resolve em pouco mais de uma hora.
Insegurança desgaste
Todos sabemos das más condições da saúde no Brasil. Volta e meia assistimos nos telejornais a reportagens que mostram o péssimo atendimento dispensado à população. No que se refere à assistência obstétrica, essa situação reflete principalmente duas coisas: as deficiências na formação dos médicos (por sua vez, conseqüência direta do descaso votado há décadas à educação) e a má remuneração desses profissionais. Isto resultou, por um lado, em médicos inseguros quanto aos procedimentos mais simples do parto normal e, por outro, desgastados por serem forçados a ter diversas atividades, alguns trabalham em três ou mais locais, a fim de garantirem sua subsistência.
Quando fazer a cesariana
Em que pesem as técnicas avançadas - a nova anestesia para o parto normal, que atenua as dores das contrações, para citar uma delas - a verdade é que, na assistência obstétrica, a maior novidade continua sendo o ultra-som, cada vez mais sofisticado. Graças a ele e a um acompanhamento médico adequado, a mulher que entra em trabalho de parto precisará apenas de uma equipe de saúde bem preparada para assisti-la. Tudo isto possibilitará a correta indicação de se fazer ou não o parto cirúrgico, ou seja, a cesariana não deve ser decidida antes do trabalho de parto, a não ser que se verifiquem qualquer problema.
Mais informações: http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp?texto=1
Nenhum comentário:
Postar um comentário